SENDO MULHER ERRADO
Neste zine, Matiazi traz um relato totalmente autobiográfico a respeito de sua trajetória em busca de identidade.
Logo na primeira página, nos debruçamos sobre a seguinte frase e seus desdobramentos:"Tudo é performance. Nada é permanente."
Com essa jogada de mestre, adentramos a história já com alguns questionamentos - desde seu título, por sinal, que sucinta perguntas como o que é ser mulher e por que ser mulher de maneira X ou Y é dado como errado.
A publicação é totalmente em preto e branco e isso faz com que o tom da narrativa seja mais sóbrio e dinâmico quando comparada a outros tipos de obras que encontramos por aí. E não somente por isso, mas também em relação ao detalhe do jogo de sombras apresentado no decorrer da história, Matiazi consegue prender o leitor do começo ao fim, na expectativa de qual será a próxima descoberta.
Uma história sem gênero recomendada, principalmente, à comunidade queer e não-binária, que lutam tanto consigo mesmos na busca por um lugar de pertencimento e existência.


otima resenha, adorei sua análise sobre as sombras.
eu fiquei muito feliz por conhecer matiazi na bienal de quadrinhos e trocar livros, porque foi uma descoberta incrível, e essa Hq está concorrendo ao hqmix que é uma das premiações de hqs brasileiras mais importantes